Costureiras são requisitadas em todas as épocas e possuem uma data para si
Uma profissão antiga, clássica e sempre requisitada. Ao longo de séculos a costura passou por mudanças e adaptações, mas segue sendo necessária para as pessoas e tem até uma data própria. No próximo dia 25 de maio é celebrado o Dia da Costureira. De acordo com a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), existem 1,3 milhão de costureiros, sendo que 87% são mulheres. A categoria é responsável por movimentar R$ 4,5 bilhões por ano, o que corresponde a 5% do faturamento total do setor de vestuário.Uma delas é Nélia Finotti, que depois de uma vida costurando, hoje, é uma multiplicadora do ofício.
Ela relembra que desde menina via a mãe costurar por encomenda e que sempre gostou de criar, por isso, aos 12 anos fez um curso de modelagem e aos 14 começou a trabalhar em uma confecção, na qual ficou até os 18, quando criou uma marca de lingerie. A costureira revela que atendendo a pedidos de clientes, logo começou a costurar modinha e abriu uma confecção. Em seguida, ela começou a fazer roupas sob medidas e de festas, área na qual atuou por 15 anos.
“Todas essas mudanças foram oportunidades que foram surgindo. Sempre que estava em um segmento foi muito gostoso atuar nele, valorizo todos, foi muito aprendizado e por isso posso dar consultoria em tudo”, relata Nélia, que há um ano e meio trabalha no Estação da Moda Shopping, dando consultoria aos lojistas e ministrando aulas de costura, como modelagem, acabamento e planejamento de confecção. Porém, a docência é algo consolidado na vida da costureira, que por 11 anos ministrou aulas na área de moda na Universidade Estadual de Goiás (UEG).
Ao longo da carreira, Nélia fez faculdade de Pedagogia e de Moda, logo quando esta graduação começou a ser disponibilizada em Goiânia. Ela também possui mestrado na área de moda, sobre vestimentas identitárias e culturais. “Além disso, fiz vários cursos ao longo dos anos, tanto aqui em Goiânia quanto em outros lugares, como em São Paulo. Essa é uma profissão que precisa de aperfeiçoamento constante, deve-se estar sempre antenada”, salienta a costureira.
Para quem pretende entrar na profissão ela também aconselha. “Se você gosta, não tem nada melhor e mais prazeroso que fazer sua própria roupa. Além de compensar. Todas as pessoas que conheço e que costuram, gostam e ganham dinheiro. Eu brinco que quem gosta de moda vicia e não abandona nunca”, afirma Nélia, que iniciou costurando suas roupas na adolescência.