Por pouco mais de cinco décadas comandando tachos repletos de iguarias nordestinas desejadas pelos turistas e baianos, Baiana, como ficou conhecida a chef, decidiu abrir o Restaurante Auge da Baiana. A cozinheira, como ela prefere ser chamada, deu continuidade ao seu talento, propondo o que ela sabe fazer de melhor à beira do fogão: a tradicional moqueca baiana.
O restaurante nasceu após a substituição do Antigo Mercado do Peixe, velho conhecido entre os baianos como o “24h de comida de sustança”, onde a empresária possuía um boxe que servia feijoada, caldo de mocotó, dobradinha e as desejadas moquecas de camarão, peixe e mista, que ficou famoso no Rio Vermelho, bairro boêmio de Salvador.
Na época, as pessoas costumavam falar que iam “no boxe da Baiana“. O apelido pegou e com a substituição do Antigo Mercado do Peixe pela Vila Caramuru, Baiana acabou virando o nome do empreendimento, sendo nomeado como Auge da Baiana, hoje uma das maiores referências gastronômicas da capital baian
“Passei por diversos hotéis e restaurantes famosos de Salvador, como o antigo Hotel Meridien, Hotel da Bahia e restaurante Kimukeka. Desde menina eu sempre gostei de cozinhar, ficava olhando minha mãe, avó e os chefs dos restaurantes que trabalhei como garçonete e auxiliar de cozinha, me tornando a cozinheira oficial de alguns deles. Foi a partir daí que eu comecei a sonhar com o meu próprio negócio, lutei muito pra isso acontecer, comecei vendendo comida no bairro até conseguir abrir o meu primeiro estabelecimento, que tinha que ter um cheiro de cozinha nordestina, porque a minha historia é a historia de uma família nordestina”, conta Baiana.