Menos ansiedade, menos dor e fadiga e mais qualidade de vida para os pacientes com câncer. Esses são alguns dos benefícios que a música propicia para as pessoas em tratamento oncológico. As propriedades terapêuticas da música já foram atestadas por inúmeras pesquisas cientificas no mundo todo. Para promover o bem estar dos pacientes, o NOB (Núcleo de Oncologia da Bahia) – Grupo Oncoclínicas criou e mantém dois projetos: o “Música no NOB” e o “Coral Amigos do Bem”. Os pacientes oncológicos, familiares e colaboradores participam semanalmente do projeto “Música no NOB”, na sede da clínica, em Ondina, com a presença de integrantes da escola de música da Orkestra Rumpilezz, grupo de música popular instrumental – sopro e percussão. Duas vezes por semana, os músicos circulam pelos diversos ambientes da unidade, apresentando seu repertório e também músicas pedidas pelos próprios pacientes.
Segundo a médica da equipe de Cuidados Continuados do NOB, Ana Maria Ribeiro, “além de criar um ambiente mais leve e harmônico nos locais onde são realizados os tratamentos de quimioterapia, por exemplo, a música influencia positivamente no controle de sintomas, inclusive na dor, e proporciona melhorias psicoemocionais nos pacientes”.
O repertório é envolvente e varia conforme a época do ano, com canções de Carnaval, São João e outros estilos musicais pedidos pelos próprios pacientes e colaboradores.
Além de reduzir a ansiedade, o desconforto, a dor e a fadiga, a música pode melhorar o ritmo respiratório, a pressão arterial e a frequência cardíaca, ou seja, tem um importante papel para o bem estar geral e ajuda no enfrentamento da doença e do tratamento.
Na unidade do NOB em Lauro de Freitas, o Coral Amigos do Bem, formado por cerca de vinte pacientes oncológicos e familiares, se reúne uma vez por semana para ensaiar. Quem passa pelos jardins da clínica pode apreciar as canções do coral, regido pelo maestro Carlos Bernas. O grupo ensaia para apresentações internas e externas, em eventos emvários locais de Salvador. “Cantar é terapêutico, além de promover interação social e uma importante troca de experiências entre os participantes do grupo. Temos exemplos de pacientes que apresentaram melhoras psicológicas após integrarem o coral, amenizando até mesmo quadro de depressão”, afirma a psicóloga da equipe do NOB, Juliana Beltrão.