Quantas vezes você pensa em sexo por dia? Se acha a pergunta indiscreta demais, muito íntima e teria até vergonha de responder, saiba que você não está só. Apesar de ser uma prática primitiva e cumprir uma necessidade básica do nosso corpo, assim como se alimentar e dormir, o sexo atravessa gerações cercado de tabus e mitos. Conversamos com especialista para explicar como homem e mulher lidam com o tema e, sobretudo, por que pensamos tanto nele.
A função prática do ato é a reprodução, mas desde que os humanos descobriram outra utilidade (o prazer), o assunto, literalmente, não sai da cabeça das pessoas. Sim, todas as reações do nosso corpo durante a relação sexual são comandadas pelo cérebro. “Quando a gente tem estímulos sexuais, o cérebro recebe essas informações provocando alterações no nosso corpo. No ápice destes estímulos, a gente tem uma liberação de neurotransmissores, substâncias no nosso cérebro, que nos dá essa sensação máxima de prazer”, explica o urologista Pedro Romanelli.
Prazer que vicia
E essas sensações de prazer e felicidade são viciantes, o que já explica muito o porquê da prática ser tão desejada por todos. Mas será que homens e mulheres têm a mesma experiência de satisfação? A linha do tempo do sexo não seguiu o mesmo curso quando o assunto é gênero. Os homens saíram na vantagem. “O homem é, desde cedo, estimulado a tocar o órgão genital. A ele sempre foi dado o direito do prazer e da masturbação. E a menina não. Por questões morais e religiosas, ela sempre foi reprimida, nunca pode se tocar. É comum ela desconhecer a forma de sentir prazer”, diz a sexóloga Cynthia Dias Pinto Coelho.
Autoconhecimento
Conhecer o próprio corpo e ter consciência do seu prazer é, segundo a terapeuta tântrica Tami Bhavani, o segredo para atingir o auge da satisfação sexual: o orgasmo. “Cada um de nós tem formas diferentes de sentir prazer, não existe uma receita de bolo, mas existem formas de tomar consciência do seu prazer”, indica.
Ela acredita que a forma como somos apresentados à sexualidade define muito das experiências ruins e até distúrbios em ambos os gêneros, como problemas de ereção, ejaculação precoce e vaginismo.
“Nós não aprendemos sobre sexo e como devemos nos comportar durante as relações sexuais, a única escola ‘acessível’ a todos é a pornografia”, comenta. “Na prática, nada que está ali no filme é real e muitos homens e mulheres ficam frustrados ao tentar reproduzir essas grandes performances na cama”, ressalta a especialista em massagem tântrica.
- Prepare o ambiente, use aromas, capriche na música, use velas e aquela roupa que você mais se sente sexy;
- Tenha consciência do seu próprio prazer;
- Selecione um parceiro que você tenha real empatia;
- Olhe nos olhos, sinta o cheiro, a pele…provoque arrepios;
- Comece o ato sexual beijando o corpo do parceiro, explorando todo o corpo, cheire as zonas erógenas.
- Capriche no sexo oral, e mostre para seu parceiro (a) onde gosta de ser tocada e acariciada.
Fonte: Estado de Minas