Pedidos Emergenciais surgem como oportunidade de negócio para pequenas empresas

O período de quarentena em decorrência da pandemia do COVID-19 tem afetado drasticamente a economia, principalmente os setores da indústria e serviços. Apesar do atual cenário, novas oportunidades de negócio têm surgido: por meio dos “pedidos emergenciais”, que substituem as licitações em cenários de crise como o atual, prefeituras em todo o país têm contratado pequenos empreendedores para a compra de máscaras hospitalares, álcool gel e luvas, como explica Quércia Naiane, diretora da SIQ Consultoria e Gestão, empresa especializada em licitações públicas e privadas. “Todos podem participar dos pedidos emergenciais, desde que tenham um CNPJ regularizado e estejam dentro dos parâmetros e diretrizes da Lei 8666, regente dos processos licitatórios e contratos públicos”, especifica a gestora.
Quércia cita como exemplo a sua cliente Vera Lucia Maria dos Santos (40), micro empreendedora individual (MEI). Proprietária da Singolar, loja de produtos pós-operatórios em cirurgia plástica, Vera passou a focar o seu negócio na venda de luvas e máscaras para os municípios. A demanda tem sido tão alta, que a micro empreendedora precisou contratar costureiras para confeccionar as máscaras artesanalmente, uma vez que as fábricas não tinham mais o produto para venda. Atualmente, fornece máscara e luva tanto para os pedidos emergenciais, quanto para farmácias de bairro.
Em Candeias, o empresário Ubiratan Bastos de Almeida (42), proprietário da pronta-entrega Deck Side, também passou a confeccionar máscaras para atender à demanda atual do mercado e tem fechado contratos por meio dos pedidos emergenciais.
Surge uma oportunidade também para os mercadinhos de bairro, que têm fornecido o seu estoque de álcool em gel para prefeituras e grandes redes de farmácia e supermercado. “Com o produto em falta, as grandes cadeias de negócio têm comprado dos pequenos varejistas. Para os pedidos emergenciais, apenas empresas de saúde podem fornecer luvas e máscaras. Já para o fornecimento de álcool gel não existe essa exigência, abrindo, portanto, uma oportunidade para as empresas de varejo com álcool estocado”, conta Quércia.

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