Santo Antônio, São João e São Pedro serão protagonistas pelo quarto ano consecutivo da Exposição Santos Juninos, promovida pela Vila Criativa do Bonfim. O evento será aberto no próximo dia 31 de maio, às 10 horas, e se estenderá até o dia 7 de julho, no espaço Casa dos Romeiros, na Praça do Bonfim. O objetivo é promover o diálogo entre a tradição, a fé e a cultura popular através da arte. A mostra terá seu ponto alto nos dias 11, 12 e 13, com a tradicional Reza Cantada de Santo Antônio, sempre às 19 horas. Este ano, a parte musical terá como convidado o Centro Estadual de Educação Profissional e Musica – CEEP, juntamente com as professoras musisistas Cristina Nascimento e Judith Leite.
A exposição apresenta trabalhos de artistas como Rosalvo Santana (de Maragogipinho/BA), Luiz Paixão, Irlânia Mercês, Neia Estevan, Xenia Pinheiro, Dila Soidan e outros. Este ano a mostra prestará uma homenagem a Ariano Vilar Suassuna – dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta e professor brasileiro, criador do movimento Armorial, em Pernambuco.
A exposição contará também com a criatividade do grafiteiro Bigod e das miniaturas de casas do sertão, do artista Jacuipense Edson Duarte. As obras retratam a tradição e a religiosidade dos santos juninos. O público que visitar a exposição poderá contribuir com a manutenção do Projeto Social Bom Samaritano, uma obra de misericórdia da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim. A visitação será feita de segunda a sexta, das 9h às 18h; aos sábados, das 9h às 21h; e aos domingos, das 8h às 19h, na Casa dos Romeiros, nº 33, ao lado da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim.
Vila Criativa: Programação
31.05 Abertura as 10h (Praça do Bonfim)
01.06 – Julio Caldas – Viola Caipira e Sanfona – Homenagem ao Movimento Armorial – Ariano Suassuna, 16h. 19h Tenilson Gonzaga
08. 06 – Trio de forró, 19h
11.06 – Reza de Santo Antonio – 19h
20h Gildo Arano, Forró, Poesia e Causos
12.06 – Reza de Santo Antonio 19h – 20h – Chorinho Romantico
13.06. Reza de Santo Antonio
15.06 Julio Caldas – Viola Caipira e Sanfona – Homenagem ao Movimento Armorial. Ariano Suassuna – 16h ; 19h Trio de forró
29 06. Trio de forró – 19h
Mais informações
Armorial – uma palavra que significa, livro dos brasões, uma palavra ligada a heráldica, que Suassuna usa como adjetivo; então a arte armorial, é a arte que brilha, como um esmalte, como um brasão, como símbolo, que sugere um imagem colorida.
Armorial – Idealizado por Ariano Suassuna pensado na perspectiva de contemplar as artes brasileiras, nordestinas populares mesclando com as raízes ibéricas medievais, abrangendo a literatura de cordel, teatro, cantoria de viola (repente), embolada, artes plásticas (xilogravuras),cavalhada, entre outros. A fusão das culturas originárias dos povos Indígenas, unida a dos povos negros, ibéricos, resultaram na arte mestiça, a partir do século 1500.
Toda essa valorização cultural tem como objetivo a preservação, a reflexão e consequente criação das nossas raízes culturais. A música tem um papel importante nesse processo. Instrumentos como viola, rabeca, pífano, zabumba, alfaia são característicos. Gêneros musicais como reisado, bumba meu boi, caboclinho, cavalo marinho, Sacerdotes acatu (baque virado e rural), são gêneros que trazem uma séries de simbologias, tradições, e também fazem parte.
Os musicos Julio Caldas e Daniel Neto, elaboraram uma apresentação inspirada na sonoridade e na execussão de alguns temas do Quinteto Armorial, grupo musical principal do movimento. Utilizando variados formatos de violas Brasileiras e a Sanfona como instrumentos solistas
Júlio Caldas, pesquisador dos instrumentos de corda, estuda e pesquisa as violas brasileiras; atuou como produtor musical do disco “Terreiros”, de Roque Ferreira, indicado ao mesmo prêmio, na categoria Samba (2016) e como arranjador do álbum “Abre caminho”, da cantora Mariene de Castro, que ganhou o Prêmio TIM de Música (2005), na categoria Melhor Disco Regional; e do CD “Lua Bonita”, de Socorro Lira, vencedor do Prêmio de Música Brasileira (2012) também na categoria Música Regional.
Ele também assina, ainda, os projetos Circuito Guitarra Baiana, Mostra de Guitarra Baiana e Trio de Guitarra Baiana e foi premiado com o Troféu Dodô e Osmar como melhor instrumentista de guitarra baiana, em 2015, e indicado ao Troféu Caymmi como artista revelação.
Em 2007 lançou os CDs Café com Blues – Tipo Exportação e Julio Caldas Quarteto – Choro Rock. EMc 2008 lançou o primeiro solo, intitulado de Pitecantropus Erectus. Em 2011 Viola de Arame. Em 2012 Julio Caldas e Choro Rock – Circuito Guitarra Baiana. Em 2015 Blues Baiões e Psicodelia.
Daniel Neto é acordeonista, arranjador e compositor, natural de Ilhéus/BA, formado em Composição pela Ufba. Integra as bandas Toco Y Me Voy e Grupo Casa Verde, acompanha os artistas Bule Bule, Júlio Caldas, Saulo Fernandes, Ivan Sacerdote, Alexandra Pessoa. Também atuou como músico na Quadrilha Junina Asa Branca, nas peças de teatro Labirintos, Na Outra Margem e Alice no Sertão das Maravilhas e na trilha do filme Café com Canela.
Com o grupo Casa Verde foi contemplado na categoria de Melhor Música Instrumental no Prêmio Caymmi com sua composição Noite cinza, dia anil.
No 5º Festival de Sanfoneiros de Feira de Santana recebeu o prêmio de Júri Popular, segundo lugar do Júri Técnico além de menção honrosa por destaque especial do Júri Técnico.
Com a quadrilha junina Asa Branca conquistou o 1º lugar no 8º Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas, realizado em Tocantins.