Especial Novembro Negro: Identidade e Pertencimento

O Especial Novembro Negro do Qualificando a Militância, uma referência ao mês da consciência negra, começa nesta quinta-feira (4), às 20h, e será transmitido nos canais Iaras e Pagus e Comitê Lula Livre Bahia.

Para reverenciar a luta dos nossos ancestrais e estrear o quadro em homenagem aos líderes quilombolas, Zumbi e Dandara dos Palmares, a presidenta da Unegro Nacional, Ângela Guimarães e o presidente da Unegro regional, Eldon Neves vão falar sobre a importância da União no combate ao racismo.

Fundada em 1988, a UNEGRO completou 33 anos em 14 de julho. A entidade tem expressão nacional e está presente em 23 Estados da Federação e no Distrito Federal (RO, RR, AM, AP, AC, PA, TO, SP, MG, ES, RJ, MT, MS, RS, MA, BA, AL, PI, SE, PE, CE, RN, SC e DF). A União de Negras e Negros pela Igualdade Racial promove ações sociais e políticas de combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial, através de formulação de diagnósticos, ações comunitárias, articulações em fóruns dos movimentos social e negro, participações nos conselhos paritários – governo e sociedade civil – e de formulações políticas para promoção da igualdade racial, do fortalecimento da democracia e da consolidação econômica e social do Brasil.

Para Ângela Guimarães, presidenta nacional da UNEGRO, a abolição formal da escravidão datada em 13 de maio de 1888 não acabou com o racismo: “Infelizmente, o racismo não é uma página virada de nossa história. É uma marca constitutiva da formação histórica, social, econômica e cultural do Brasil. Em todos os setores da vida social, ele se faz presente, subalternizando a população negra e oferecendo privilégios à elite branca do nosso País”, analisa.

O movimento negro lutou por muito tempo para fazer de novembro, o mês da Consciência Negra. A importância da data está na possibilidade de mobilizar, desafiar e provocar a sociedade a refletir sobre as desigualdades raciais existentes no Brasil. Na opinião de Eldon Neves, presidente da Unegro Bahia, “homenagear o Quilombo dos Palmares significa desafiar a sociedade a refletir e a tomar posições no sentido de lutar por políticas públicas, que promovam a igualdade racial”.

A Favelização da População Negra

Nesta quinta-feira (4) é comemorado o Dia da Favela. O sambista Arlindo Cruz que sempre poetizou e exaltou a favela em suas letras e composições será o grande homenageado do dia. O Morro da Paciência, no Rio de Janeiro, considerada a primeira favela do Brasil – ocupada em 1987 por combatentes e ex-escravos – e várias outras espalhadas pelo país, terão um dia de festa, com shows, debates e reflexões.

Resultantes do período pós-escravidão, as favelas representam a ausência de políticas públicas efetivas para a verdadeira inserção da população negra na sociedade. Cada vez mais longe dos centros urbanos, os negros que vivem nessa situação de vulnerabilidade em favelas, ainda sofrem com o genocídio silenciado. A militância negra no Brasil precisa se reestruturar e se fortalecer diariamente. A luta contra o racismo não para.

Quer saber como participar das ações promovidas pela UNEGRO para combater o racismo no Brasil? Então, assista ao Qualificando a Militância desta quinta-feira (4), às 20h, nos canais de streaming Iaras e Pagus e Comitê Lula Livre Bahia.
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