Por Luiza Mazzafera, oftalmologista das Clínicas Clivale especialista em ceratocone
Entidades médicas e especialistas celebraram o Junho Violeta, campanha criada para alertar a população sobre a prevenção do ceratocone. Doença ocular não inflamatória, este é um problema que afeta o formato e a espessura da córnea e provoca a percepção de imagens distorcidas. A boa notícia é que a doença, embora não tenha cura, possui tratamento.
A miopia e/ou o astigmatismo com crescimento rápido, principalmente na adolescência, são os principais sintomas do ceratocone. Quem tem a doença também pode desenvolver a chamada visão embaçada e fora de foco. Em alguns casos, o paciente ainda pode apresentar a diplopia, conhecida como “visão dupla”, ou poliopia, que implica na percepção de diversas imagens de um mesmo objeto.
Além disso, são sintomas enxergar contornos em luzes, ter sensibilidade excessiva à luz e coceira constante nos olhos.Um sintoma comum do ceratocone é a chamada visão embaçada e fora de foco. Em alguns casos, o paciente também pode apresentar a diplopia, conhecida como “visão dupla”, ou poliopia, que implica na percepção de diversas imagens de um mesmo objeto. Além disso, são sintomas enxergar contornos em luzes, ter sensibilidade excessiva à luz e coceira constante nos olhos.
Por falar em coceira, ela pode ser o grande vilão do ceratocone: o hábito de esfregar e coçar os olhos pode levar ao desenvolvimento da doença. Outro fator de risco é a predisposição genética. Por isso, a recomendação para evitar a doença é evitar coçar os olhos, principalmente se já houver casos de pacientes com ceratocone na família.
O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e, no pior dos casos, a cegueira. Por isso, é fundamental a visita regular ao oftalmologista na adolescência, tendo em vista que o ceratocone costuma surgir entre os 13 e 18 anos, estabilizando-se por volta dos 35.
Ao diagnosticar a doença, o médico especialista vai determinar o melhor tratamento, a depender do estágio do problema. Em casos iniciais, por exemplo, pode ser suficiente o uso de óculos. Em estágio mais avançado, o oftalmologista pode prescrever lente de contato rígida ou anéis intraestromais. Estes últimos são posicionados no meio da córnea para ajudar a regularizar o ceratocone quando os óculos ou lentes não solucionarem o problema.
O tratamento também pode ser realizado por meio de um procedimento chamado de crosslink, que consiste na aplicação de um medicamento associado a raios ultravioletas. Em casos mais graves, o paciente pode precisar de um transplante de córnea.