Um profissional que antes era muito ligado aos livros físicos, fichas e manuais, a partir do século 21 precisou se reinventar e passou a trabalhar com o gerenciamento de informações do sistema e o manuseio de publicações passou a ser apenas mais uma entre várias funções que desempenha. A profissão de bibliotecário vem sendo ainda mais valorizada, uma vez que, mais abrangente atuante, cria novas áreas para si, como é o caso da biblioteconomia social.
No Colégio Marista Goiânia, a bibliotecária Tainá de Sousa já vai além de suas atividades na biblioteca. Ela também tornou-se indispensável na realização de eventos que recebem personalidades e reúnem estudantes no espaço da instituição. “Desenvolvemos atividades voltadas aos alunos do Ensino Médio, que visam criar espaços de comunicação e de convivência, para tratar do presente e do futuro de cada um deles. Sou grata ao apoio da Tainá para viabilizar esses eventos”, relata a professora Sara de Castro Cândido, responsável pelo Circuito Projeto de Vida, iniciativa que ajuda os alunos a construírem seus projetos pessoais e profissionais.
Neste 12 de março, Dia do Bibliotecário, Tainá fala dos desafios e sobre o que comemorar nesta data. “Nosso foco é a organização e catalogação de informações, nos transformamos em gestores da cultura, porque o livro nada mais é que um instrumento cultural que também vem ganhando outras versões, como a digital, por exemplo, que já caiu no gosto da população.”
E os desafios se tornam ainda maiores para o profissional em um País onde as estatísticas de leitura são cada vez menores. O brasileiro lê em média 2,43 livros por ano, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida em março de 2016 pelo Instituto Pró-Livro. O estudo revelou ainda que 30% da população nunca comprou um livro.
“O Brasil enfrenta muitos problemas, especialmente no campo cultural. Acredito que parte das soluções desses problemas virá do trabalho das bibliotecas, fontes inesgotáveis de conteúdo, informação, e daquelas pessoas que dão vida e sentido a esses espaços transformadores”, salienta Tainá.