O e-commerce, ou comércio eletrônico, é um modelo de comércio que utiliza como base plataformas eletrônicas, como computadores, smartphones, tablets entre outros. Basicamente, trata-se de todo tipo de comercialização de bens comerciais através da internet e dispositivos eletrônicos. Nos Estados Unidos, tradicionalmente, mais de 50% das empresas terceirizam suas operações de e-commerce em um modelo full commerce. Plataforma, operações e marketing digital são integrados numa estrutura completa que planeja, cria, executa e faz gestão da sua operação de e-commerce.
No Brasil, a região Sudeste, já está bastante avançada nessa formatação de negócio, no Norte e Nordeste, ainda está no começo, mas a empresa baiana MLX Web deu o pontapé inicial e é pioneira nessas regiões. O varejo online vem movimentando a economia brasileira; e a perspectiva em 2018 é de 22% de crescimento nas vendas. “O grande problema, é que a falta de conhecimento referente à manutenção da empresa, faz com que grande parte delas deixem de existir no primeiro ano”, explica Leonardo Albertazzi, CEO da MLX Web.
O modelo full commerce acontece quando o varejista terceiriza toda parte de planejamento, consultoria, criação, gestão, operação, segurança digital, meios de pagamento e análises de resultados do comércio eletrônico do seu negócio. O método possibilita uma visão holística de todo o cenário, fazendo com que, através dos instrumentos disponíveis e adequados, sejam adotadas as melhores práticas, direcionando todo o funcionamento para soluções ágeis e inteligentes, assim como auxilia a comunicação entre empresa e mercado. A implementação do modelo garante que os custos sejam reduzidos e as vendas aumentem. “Na nossa empresa, realizamos todos os trabalhos críticos de uma loja virtual, iniciando pelo marketing, englobando toda a tecnologia (plataforma de e-commerce, ferramenta de busca, e-mail marketing e gateway de pagamentos), operacionalizando o fulfillment (armazenagem, separação, conferência e expedição) e concluindo com o SAC para manter a excelência no atendimento ao consumidor. É possível encontrar tudo em um só fornecedor”, explica.
A grande vantagem de um full commerce está no compartilhamento do risco, pelo sucesso do trabalho, ganhando comissão sobre as vendas. Por exemplo, a agência opera o canal de e-commerce do varejista e é remunerada pelo sucesso das vendas, através de um comissionamento. Como o risco é compartilhado, em caso de campanhas que não atingem a meta, não há necessidade de desembolsos extras por parte do varejista, e no caso do sucesso, os ‘louros’ são compartilhados também. De acordo com o diretor da empresa, é justamente o compartilhamento dos riscos que torna o full commerce verdadeiramente atrativo, tanto para o varejista quanto para a agência, que terá que se esforçar para lucrar. “Estudamos o dia a dia da loja virtual, o comportamento dos consumidores, abandonos, etc. Desenvolvemos estratégias para aumentar a conversão. Afinal, quanto mais vendermos, mais ganharemos. Ou seja, todas as ações realizadas pelo full commerce são focadas em vendas para ter como resultado o ganha-ganha”, reforça.