Ao encontrar um bom arquiteto, case-se com ele!

Um arquiteto com o qual você se identifica é igual a homem rico, bonito e cheiroso: se a sorte bateu em sua porta- e se tiver pintado AQUELE clima! – case-se com ele. Ou melhor, case-se, viva e morra com ele e por ele. Não é fácil a identificação cliente/arquiteto. Para o santo bater, há uma série de fatores. Quer ver? O que você está fazendo com um arquiteto que é arquiteto nas horas vagas e surfista o dia todo? Se você for rato ou rata de praia, case-se com ele, digo casar profissionalmente. Se pintar o clima e a tal da química bater, mande o profissionalismo seu e o dele para os infernos e viva esta história loucamente. E se você for a low profile em pessoa, o que faz a tiracolo com o arquiteto mais high dos high, que é pura ostentação? Nesse caso amigo (a), os opostos devem – para o seu bem estar psicológico – se afastarem.

Mas já vou te avisando: arquiteto é uma mistura de geminiano, com aquela montanha russa doida que ninguém vai, e, sinceramente, tem coisa melhor que amar gente doida de pedra que não tem rotina nunca? Tem! Ser gente doida de pedra que não tem rotina nunca e não engorda ao comer Nutella, que é a oitava maravilha do mundo. Fica bom até com inhame (arghhhh).

Digo por experiência própria. Sou um arquiteto pirado na batatinha, mas como não ser um pouco doido com tanta coisa ou criação na cabeça? Um psicólogo amigo meu já me recomendou uns ansiolíticos, mas tenho medo de usar, e não ser mais, por alguns instantes, pirado na batatinha. Desconfie de arquiteto que for muito normal.

Ao encontrar o arquiteto que tenha o mesmo grau de piração sua, ouça e veja a piração dele. Se jogue, tipo Laurinha Figueiroa da novela Rainha da Sucata, do 20º andar, sem rede de proteção e verá como sua casa, loja ou o que quer que seja, vai ficar linda e funcional. arquiteto faz de tudo em criação – desde que esteja com tesão e vontade de fazer acontecer.

Quer uma casa a “sua cara”, mesmo que essa sua cara tenha passado pela equipe do Pitanguy? Contrate um arquiteto que se torne seu amigo também, ele vai fazer tudo do seu jeitinho pra te agradar, ou quase tudo…

Tá precisando de um arquiteto? Vá bater perna! Converse com clientes dele, entre nas obras construídas, sinta o ambiente que ele fez e, só depois de uma boa conversa com o próprio, o contrate. Na conversa fale TUDO, tudo o que você quer em seu imóvel, e não esqueça nunca: não existe nada cafona no mundo. Cafonice, aliás, é você não ser você mesmo. Não gosta de branco? Não queira branco nem pintado! Gosta de tapete de oncinha? Coloque e seja feliz. A máxima é: sua casa, seu mundo, e mundo alheio, quando visitado, deve ser respeitado. E o arquiteto está visitando o seu mundo.

Nunca se constranja com seu arquiteto. Se você tem vergonha de fazer algum pedido ou sugestão, tem algo errado nessa relação. Relação de arquiteto/cliente deve ser fluída e de confiança. Deu vontade, peça, se ouvir um “não” bem sonoro, peça explicação e só aceite se você perceber que está redondamente enganada em querer colocar um mastro de pole dance no meio de sua sala de estar.

Encontrou O arquiteto de sua vida? Mime-o, não com presentes, mas com elogios. Gostou de algo? Elogie. O melhor combustível para o bom profissional é o elogio. Você irá se surpreender com o poder do elogio.

Ninguém, eu disse NINGUÉM, vai para arquiteto para falar de problemas. Reunião com arquiteto deve ser tranqüila e leve. Se por motivos variados está tensa a relação, faça o que aprendi com mainha: o famoso – Vem cá meu bem… E engate um papo bem reto porque está tensa a relação. A construção de sua casa, apartamento ou loja deve ser um momento de alegria e não de tensão, nem para você, nem para o (a) arquiteto (a).

A casa ficou linda? A loja está uma arraso? Ficou tudo do tamanho do seu sonho? E, principalmente, coube no seu orçamento? Então tá na hora do champagne, porque afinal, ao realizar sonhos, devemos e podemos brindar, né não?

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