Com temperaturas que variam de 12ºC, no interior, a 22ºC em Salvador, a Bahia tem em 2022 um dos invernos mais frios dos últimos quatro anos. Na capital, o termômetro chegou a marcar 19,3ºC no fim do mês de julho.
Além dos casacos, que estavam guardados nos armários, o baiano passou a recorrer a outra companhia para os dias de temperaturas mais baixas. Trata-se do chá, bebida milenar, criada na China cujo consumo cresceu 20% no Estado no primeiro semestre deste ano, segundo a empresária Gislainne Couto, que foi uma das representantes da Bahia na Semana Nacional do Chá, que ocorreu no início deste mês simultaneamente em cinco estados.
“Com diversas propriedades desde calmantes a estimulantes, diuréticos, que ajudam na perda de peso, expectorantes, que contribuem para o alívio de sintomas de doenças respiratórias a estimulantes da libido e também aromáticos, os blends estão cada vez mais consumidos por um público que não tinha o costume de beber chá. O nosso estado tem um clima tropical, mas aos poucos essa cultura, que além da apreciação da bebida, começa a usá-la como elemento para encontros e celebrações, tem aumentado bastante”, afirma Gislainne Couto.
Consumo no Brasil – Os números embasam essa mudança de atitude do público. A venda de chá, por exemplo, cresceu 25% no Brasil entre 2013 e 2020, quase o dobro da média mundial de 13%. São dados da consultoria Euromonitor Internacional. É um crescimento bem superior ao de outras bebidas não alcoólicas, como sucos e refrigerantes.