Por Jailton Andrade
Lamentável decisão do STF na tarde de quinta-feira, 01/10, antevéspera do aniversário da Petrobras, permitindo que Bolsonaro, Paulo Guedes e Castelo Branco, entreguem as históricas e estratégicas refinarias brasileiras. Tudo muito claro no semblante dos que julgaram o futuro do país, mesmo com os alertas insistentes de Ricardo Lewandowski, desde outra decisão que tomou sobre o mesmo assunto: “Segurança Nacional”, dizia ele, e foi o que mais disse…
Ninguém ouviu. Nem aquele candidato caô que fazia selfie no caminhão de asfalto da Prefeitura do Salvador estacionado na rua de seus eleitores. Você que conseguiu ler até aqui minha lamúria, olha aí se não asfaltaram sua rua, do nada?
Dessa vez, e mais uma vez, Ivo não verá a Uva no STF, quanto mais deleitar-se de sua historicidade. Se assim for, terei que segurar em algo para sobreviver, como as ovelhas que “gozam sofrendo e vice-versa”; como na música “Atrás da Porta”, de Chico, maldizendo a Petrobras para querê-la mais. E seremos muitos. Não estou aqui pra aliviar. E quem quer saber que estamos sendo recolonizados?
Cacofonias inclusas e findo o julgamento, “Ele e ele” seguem, em risos em certo lugar de Petrópolis, assim como nas mesas presidenciais das maiores companhias de petróleo do mundo. Certamente já se ouviu o estampido de duas taças se encontrando entusiasmadas a derramar o líquido precioso, lastro etílico da sustentação escravocrata no Brasil do aniversariante do mês Darcy Ribeiro. Por falar nisso, quantos aniversários faremos ainda com esse cara no poder, esse “que não faz e não deixa fazer”?
O governo, presente no julgamento, diz que temos que vender logo as refinarias porque a vibe agora é outra. A das bicicletas… Portanto, não precisaremos de petróleo. Depois vem o advogado da Petrobras e diz que tem que vender refinaria porque o mercado de petróleo está em ascensão e precisa reinvestir e tal. Esquisito né? Mas, nem achei. O advogado, mesmo tendo estudado bem o texto, gaguejou muito. E é até compreensível. Como explicar o inexplicável?
Mas era previsível e, mesmo contrastável, foi lastimável a ausência de voto do Toffoli e de Carmem Lúcia, a invisível. Roberto Barroso exprimia o riso do “Vingador”, pura perversidade. O Brasil em chamas e ele com excesso de formalismo, O mesmo que não teve quando determinou explicações de Temer em cinco dias. Nunca mais. Como dizia minha vó: “quebrou o pau no ouvido”. Quem vai mexer com esses caras? Nem quero saber.
No primeiro de outubro quem riu não foi o nigeriano e nunca será, e nem a brasileira, nem nunca será, o que não tem conserto, mas continua lá, criando Fake News pra boiada passar.
Eles mesmos, como na segunda guerra, em apoio ao algoz, vão se lenhar.
Essa decisão é camicase. A não ser que se mantenham as castas no Brasil poupando os descendentes dos eminentes ministros julgadores das agruras que criarão ao abrir a porta para todas as estatais brasileiras e, portanto, privatizando o Estado Brasileiro.
Gilmar disse que não cabe ao STF dizer se o Brasil deve ser mais estatal ou mais liberal, e aí me surgiu uma dúvida: o Brasil está na Constituição? Não sei. Mas, isso, talvez, não venha ao caso.
Neste momento cessam as possibilidades de Financiamento da Educação e da Saúde. Perde-se o controle sobre os preços da gasolina e do gás de cozinha. Continuaremos sem fertilizante do Estado, mas o STF já garantiu o Carnaval dos Players (bonitinha, mas ordinária essa palavra) do Petróleo.
Aí, vem alguém na rede social e diz: A CULPA É SUA, PETRALHA!
– Peraí vei, já se benzeu hoje?
Naquele momento, o criador se suicidou. Agora tentam suicidar a maior e mais rentável empresa brasileira, abrindo caminho pra todas outras…
Mas, eu não vou desistir. Amanhã eu tô aí pra “arrebentar nesse mundão”.
ForaBolsonaro
PetrobrasFICA
Sobre Jailton Andrade: Também conhecido com Pantera, é especialista em Ciências Criminais, dirigente sindical, criador do canal Debate Petroleiro, cantor, compositor, violeiro, videomaker, beatmaker, DJ e apaixonado por aeromodelismo e aquarismo. Instagram: @japantera Facebook: JailtonPANTERA