Por Denisson Palumbo
O escritor argentino Júlio Cortázar esteve no Brasil, brincou de amarelinha: Ouro Preto, Congonhas, Rio, São Paulo, Brasília de onde pulou direto para o céu da Bahia. Em 1973, nas vésperas do paraíso, ele escreveu em uma carta: “amanhã estarei na Bahia com Caetano Veloso e os demais cronópios da música”. Muito brincalhão, Cortázar disse naquele dia que Caetano e Maria Bethânia eram uma mesma pessoa: o mesmo que Mãe Menininha teria dito, antes de embarcar os irmãos no candomblé do Gantois. Um grande segredo se revela, então, nas sagradas terras baianas: Mãe Menininha do Gantois e Júlio Cortázar são também uma mesma pessoa. Procure saber nas semelhanças, saiba onde estão as diferenças; os hemisférios extremos e os mistérios evidentes se espelham. Pessoas silenciam e soam. Cada quem com seu outro eu.