Uma das principais heranças que carregamos durante toda a vida, mesmo antes de nascer, é o sobrenome. Você já parou para pensar em como eles trazem parte da nossa história, conectando de uma forma literária cada pessoa com suas origens? A conexão com antepassados é um dos principais objetivos do teste de ancestralidade da Genera , o laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, que em parceria com o historiador e genealogista Rodrigo Trespach lançou o blog Sobre Nomes, para contar um pouco da origem dos sobrenomes mais comuns dos brasileiros e fazer deste cenário de isolamento social ainda mais um momento de autoconhecimento.
Que “Silva” é o sobrenome mais comum no Brasil quase todos sabem, mas o que significa? Silva (ou da Silva) é derivado do latim “silva”, de selva, floresta ou bosque. Já era conhecido como nome de família na Roma antiga no primeiro século da Era cristã. Já “Machado” é uma das famílias mais antigas de Portugal e tem origem no século 12 com dom Mendo Moniz, cavaleiro que comandou a ala esquerda do Exército de dom Afonso Henriques. “Garcia”, por sua vez, é um sobrenome ibérico. Afirmam uns que viria do termo basco para urso (harsea), enquanto outros acreditam que possa indicar um penhasco (gartzi-a).
“Esses são apenas alguns exemplos dentre os 100 sobrenomes que vão ser divulgados no blog. A pesquisa dos sobrenomes é um processo lento, envolve o conhecimento de genealogia, ou seja, a busca pela ancestralidade e o estudo de uma família, seus membros e história; e também da etimologia das palavras, a história da língua e das populações pré-modernas. O sobrenome é carregado de significados e pode dizer muito sobre quem somos e de onde viemos, perguntas que todo ser humano se faz”, afirma Trespach, também escritor e autor do blog.
Os sobrenomes são postado periodicamente e alguns exemplos que já constam nesta viagem histórica são “Fonseca”, “Cunha”, “Campos”, “Castro”, “Soares”, “Rocha”, “Nunes”, “Nascimento”, “Sato”, “Watanabe” e muitos outros.
“Quando eu dei conta que temos algo que sempre carregamos, além do DNA, e que também diz muito da nossa história, eu percebi que seria válido fazer a ponte entre os fatores biológicos e históricos e fazer com que essa integração de mundos distintos se tornasse um meio fácil para que todos possam ter a chance de entender um pouco mais sua a própria origem. Nosso sobrenome diz muita coisa sobre nossas origens, a gente apenas não sabe disso. A proposta do blog é justamente trazer esse conhecimento e instigar que as pessoas procurem se conhecer ainda mais através dos testes de ancestralidade”, conclui Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera.
Para ver todos os sobrenomes disponíveis, acesse: http://sobrenomes.genera.com. br/