Ao contrário do que a maioria da população pensa, o médico urologista não é uma especialidade voltado especificamente aos homens. Essa área de saúde cuida do trato gênito-urinário, onde se engloba, entre outros, os rins, bexiga e uretra e que, consequentemente, pode gerar diversas patologias nas mulheres.
Segundo o Uro-Oncologista do Hapvida, Elimilson Brandão, entre as enfermidades mais comuns nas mulheres, em que o médico com essa especialização é o profissional mais gabaritado para resolver o problema, está o prolapso genital. Essa doença, mas conhecida como bexiga baixa, acomete principalmente mulheres acima de 40 anos e que já tiveram filhos. “Uma das causas mais comuns é o enfraquecimento da musculatura abdominal e a multiparidade, ou seja, mulheres que realizaram muitos partos normais e que consequentemente tendem a ter uma laceração na musculatura do assoalho pélvico gerando os prolapsos”, explica Elimilson.
Quando diagnosticada, a doença pode variar sua intensidade em três níveis. No primeiro nível, caracterizado como mais leve, mulher não sente muitas dores, mas há um desconforto na região abdominal. No nível seguinte, classificado como intermediário, as dores e os sintomas são mais perceptíveis e é quando há o deslocamento da bexiga. Já no terceiro nível, o mais grave, é quando já se tem a exposição total do órgão, tendo a cirurgia como a opção mais recomendada.
Quando diagnostica, a doença pode ser tratada de formas diferentes e proporcionais ao nível em que se encontra o quadro. Nos casos cirúrgicos, onde os pacientes já se encontram no nível três, é feita uma cirurgia para reestruturar a anatomia e a função dos órgãos afetados. Já quando a patologia é mais branda ou quando o paciente não tem condições de fazer o procedimento cirúrgico, o procedimento em que se introduz o Pessário é o mais aconselhado.